cona

A CONA

Entre pentelhos escondida
Está uma greta discreta
Com buraco à medida
Do piço que lá se espeta

Segredos também esconde
Se sem pêlos se apresenta
À vista de quem a ronde
Pouco ou nada ela desvenda

Onde está todo o mistério
É para lá da sua racha
Onde existe assunto sério
E toda a surpresa se acha

Há também coisa bem certa
Entre alguma incerteza
Fode-se melhor aberta
E com picha firme e tesa

Não revela a um ou outro
O que sabe ela fazer
Só o mostra a quem é douto
Na arte de bem foder

Mostra-se a quem tem destreza
Decisão e experiência
De juntar delicadeza
Com alguma violência

Com a língua, de certeza
Com dedos também se molha
Com tesão quer picha tesa
Que lhe vá servir de rolha

Sem tesão perde o feitiço
Com ela chega a pingar
Bastando apenas para isso
A dona em foda pensar

A mão que passa intrujona
Encontra pentelhos ténues
No vulto que faz a cona
Chamado monte-de-vénus

O vulto que a cona faz
Mais conhecido por papo
Come de forma voraz
Maçaroca e marsapo

Pentelheira com esplendor
É como ovelha lanzuda
Não teme o pau do pastor
Gosta da moca peluda

Também parece uma toca
Onde o animal se mete
Nela entra e sai a moca
Às vezes fazendo um frete

Em seu ninho a passarinha
Espera pelo passarão
Que muito nele se aninha
Quando tem forte tesão

Pássara ou passarinha
Pita, gata ou gatinha
Pomba, rola ou rolinha
Pito, rata ou ratinha

Chocha também é chamada
Por ser mole e ser macia
Molhadinha e rachada
Faz lembrar a melancia

Há quem lhe chame xoxota
E quem lhe chame pachacha
Seja de jovem ou cota
Toda tem a sua racha

Cona, racha, fenda, greta
Larga, estreita, curta, funda
Clara, escura, branca, preta
Onde o caralho se afunda

A boca do corpo, a cona
O caralho vai comer
E o seu leite vai beber
Por ser boca comilona

A cona tem beiços quentes
Também barba, coisa estranha
Boca que não possui dentes
O caralho não arranha

Quando sente comichão
Com qualquer coisa se coça
Do dedo fino da mão
À mais bruta picha grossa

O caralho ela amansa
E o suga sem ter língua
A pele quase lhe arranca
E o deixa quase à míngua

Com língua a cona entontece
De caralho muito gosta
Com hábeis dedos aquece
Cedo fica descomposta

Suspira com doces ais
Com mangalho dentro e fora
A dona alegre demais
Salta, grita, geme e chora

Incham as bordas da cona
Se a trancada demorar
Não se importa a sua dona
Se for intenso o gozar

Quando a cona é referida
Não se pode esquecer dele
Entre os beiços escondido
Está o tão famoso grelo

Concentrando-se no grelo
Bem mais forte a comichão
Lateja a vontade nele
Numa tão forte tesão

Apesar de diminuto
O grelo é muito importante
Trabalhado num minuto
Mais sucesso se garante

Fica a mulher quase louca
Tocando-lhe o berbigão
Pode-se comer com a boca
Mesmo sem mexer com a mão

A cona é uma amêijoa
Que chouriços até come
Em recheada bandeja
Se pode matar a fome

A cona é uma flor
Bem frágil e delicada
Que se abre com calor
Mesmo na noite cerrada

Uma cona pouco usada
Fica com teia de aranha
Teia com pau apanhada
A cona com pau apanha